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Iniciativa da Coordenadoria e do Conselho de Promoção à Igualdade Racial, Roda de Conversa com Haitianas abre atividades neste domingo (9)

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Divulgação

Criar ações, reflexões e debates sobre políticas públicas de enfrentamento ao racismo, trazendo à luz a exclusão sofrida especialmente pelas mulheres pretas. Com este objetivo, o Governo Municipal de Nova Andradina, através da Coordenadoria e do Conselho de Promoção da Igualdade Racial, vinculados à Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, realiza a campanha Julho das Pretas.

A campanha visa convocar a sociedade para refletir sobre a existência da exclusão da mulher preta. Neste sentido, a conselheira Fabiana Santos, explica que o desafio é fazer com que as pessoas compreendam e reconheçam que existe o racismo, "e que por sua característica estrutural, gera dores e desigualdades, por isso, a população negra precisa de políticas públicas para ter ascensão em diferentes setores da sociedade", disse.

Dentre as ações agendadas, serão concedidas entrevistas em rádio além da realização de blitz educativa, lives, palestras, roda de conversas com as filhas do terreiro Ubirajara, tendo a participação de agentes da Coordenadoria de Promoção à Igualdade Racial, além de conselheiras do Compirc.

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As atividades relacionadas à campanha iniciaram ontem, quinta-feira (6) e segue nesta sexta-feira (7), com a participação de representantes do município na 8° Feira Literária de Bonito, convidados pelo evento no intuito de compartilhar as experiências do trabalho desenvolvido no Município, com foco no tema do "Julho das Pretas".

Roda de Conversa com Haitianas acontece neste domingo (9)

Já neste domingo (9), no Centro de Convenções Silvio de Souza, a organização da campanha realiza às 14h, uma roda de conversa com mulheres imigrantes ou refugiadas do Haiti residentes em Nova Andradina. Estima-se que, etnicamente, 98% da população do país caribenho seja formada por afrodescendentes.

O Haiti, que conta com aproximadamente, 10 milhões de habitantes, dos quais 95% são negros e os demais 5% se dividem entre mulatos ou brancos, vive uma triste crise humanitária após graves problemas políticos e distúrbios civis iniciados na primeira década do século XXI, agravada por um forte terremoto ocorrido em 2010 e que pode ter matado quase 200 mil pessoas.

Estima-se que por volta de 3 milhões de haitianos vivam como imigrantes ou refugiados. O país passou por intervenções da Organização das Nações Unidas (ONU), que atuou no território haitiano com tropas de missão de paz.