Na última semana, a Prefeitura de Nova Andradina promoveu uma importante roda de conversa com as agentes de saúde do município, objetivando abordar temas relevantes relacionados ao feminicídio, canais de denúncia, relacionamento abusivo e os serviços oferecidos pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM).
A roda de conversa reuniu profissionais da área da saúde e teve como foco principal a conscientização sobre a violência doméstica e o engajamento de toda a comunidade no combate ao grave problema social. A iniciativa faz parte de uma série de ações promovidas Secretaria de Cidadania e Assistência Social, visando promover a proteção e o bem-estar das mulheres do município.
Índices alarmantes no Estado
O feminicídio, crime em que a vítima é morta por ser mulher, sendo seu gênero o fator determinante para a ocorrência do crime, foi um dos temas centrais discutidos durante a Roda de Conversa. De acordo com a lei nº 13.104/15, que alterou o Código Penal brasileiro, o feminicídio passou a ser uma conduta criminal tipificada.
Em Mato Grosso do Sul, somente em 2023, já foram registrados nove casos de feminicídio. O Estado se destaca em relação aos números alarmantes: 3,5 casos por 100 mil mulheres, seguido de Rondônia (3,1), enquanto a taxa nacional é de 1,3.
Além das Agentes de Saúde, a roda de conversa contou com a participação da Coordenadora de Políticas Públicas para Mulher, Arlethe Matos, e do Sargento Eduardo Guedes, que trouxeram suas contribuições e experiências na área. O evento também teve destaque na mídia local, com entrevistas realizadas pela Rádio Excelsior, proporcionando uma ampla disseminação das informações e promovendo maior conscientização.
As ações de combate ao feminicídio não se limitaram à roda de conversa. Após o evento na rádio, as atividades prosseguiram no Centro de Referência de Assistência Social Durval Andrade Filho (CRAS), com a participação do grupo de gestantes do Projeto Oficina dos Sonhos. Para a secretária de Assistência Social, Delma Prado Cavalcante, as ações de mobilização e a realização de rodas de conversa são de extrema importância, considerando que a prevenção é o melhor caminho.