Após a aprovação do projeto que institui a chamada “Taxa do Lixo” em Nova Andradina, o prefeito Gilberto Garcia comentou sobre a repercussão da votação dessa matéria no legislativo, a importância desses recursos para a saúde e o meio ambiente e o risco de ter sua administração marcada pela criação de um novo tributo.
Primeiramente, o chefe do executivo municipal fez referência a exigência dos órgãos ambientais com relação ao cumprimento da lei nacional dos resíduos sólidos e a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual (MPE), que obriga a Prefeitura a dar destinação adequada e a efetuar o tratamento ao lixo até o dia 1° de fevereiro de 2019, sob pena de multa e outras sanções.
Nas palavras de Gilberto, coube ao seu governo a difícil missão de resolver um passivo ambiental de mais de cinco décadas causado pelo despejo irregular do lixo das residências e indústrias do município.
“Estamos trabalhando para que em 2020, nossa cidade esteja 90% saneada, 80% com rede de esgoto e com 100% do lixo tratado. O tratamento do lixo resolve um problema ambiental gigantesco e coloca Nova Andradina no patamar das cidades mais desenvolvidas. Isso significa ganho para a saúde, ganho para o meio ambiente, ganho para as futuras gerações”, destacou.
Sobre a repercussão política sobre a criação desta taxa, Gilberto Garcia foi taxativo. “Não tenho prazer nenhum em criar mais impostos, mas uma responsabilidade social e uma determinação judicial. Se eu pensar em carreira política, optar pela demagogia, pensando unicamente no poder, ter medo de gente que pensa apenas em promoção pessoal, não terei discernimento para governar e pensar no bem estar das pessoas e no futuro da cidade”, ressaltou o prefeito Gilberto Garcia.
Por último, agradeceu aos vereadores que votaram por Nova Andradina. Para o chefe do executivo municipal, a população vai reconhecer que o lixão deve ser coisa do passado. “As moscas que ali estão invadem nossas casas e causam doenças. O chorume contamina o lençol freático, os rios, a água. O tratamento já existe nas grandes e mais belas cidades, com maior índice de desenvolvimento. Ambientalmente, Nova Andradina mudou de patamar e isso vai refletir também na saúde das pessoas. Agradeço aos 7 vereadores que entenderam essa responsabilidade, enfrentaram uma pressão ilegítima e nos apoiaram na aprovação deste projeto”.
E encerra:
“Não fugimos da responsabilidade, não nos omitimos diante da necessidade de finalizar a construção do aterro sanitário, que ficou com as obras paradas por quase 4 anos. Os desafios se apresentam todos os dias, é preciso coragem para tomar decisões impopulares e que podem ter um ônus político. Ser prefeito é pensar na saúde e no bem estar das pessoas. A criação deste novo tributo não foi uma escolha, mas a única alternativa constitucional e viável para atender as exigências dos órgãos ambientais e, principalmente, melhorar a qualidade de vida da população”, completou, informando que Nova Andradina é a 17ª cidade do Estado de MS a aprovar a “Taxa do Lixo” e outros 10 municípios já preparam audiência pública para discutir a mesma temática.
A expectativa é que em 90 dias tenha início o tratamento de 27 toneladas de lixo produzidos diariamente no município e corrigir um passivo ambiental de mais de 50 anos.