O Poder Judiciário, Promotoria Pública, Conselhos e educadores discutiram na noite de terça-feira, dia 29 de junho, a indisciplina nas escolas, em Audiência Pública realizada na Câmara Municipal, que contou com as presenças do vice-prefeito Raulino Baronceli, representando o prefeito Gilberto Garcia, vereador Vicente Lichoti, representando a Câmara Municipal, juíza da Vara da Família, da Infância e da Juventude, Dra. Jaqueline Machado, promotor de Justiça da Vara da Infância e Juventude, Dr. Marcos Alex Vera, vice-presidente do Conselho Municipal de Educação Maria Imaculada Fernandes, Suely Arraes, representando a Secretaria Municipal de Educação, Edna Jorge e Elizabeth Marfim Junqueira, representando a Rede Estadual de Ensino. A vice-presidente do Conselho Municipal de Educação, Maria Imaculada Fernandes, afirmou que a audiência pública é momento para que os educadores não sejam passivos, e façam o que puder para melhorar a educação, com apoio da comunidade escolar, das famílias e órgãos competentes, citando Albert Einstein: “o mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer”. O vereador Vicente Lichoti afirmou que a audiência pública é importantíssima para discutir o momento que vive a educação. Vicente disse que a educação tem grandes desafios, sendo um dos principais combater a indisciplina escolas, que não tem classe social e acontece em todos os meios. “Desejo sucesso neste projeto”, afirma. O vice-prefeito Raulino Baronceli afirmou que os municípios vivem momento delicado com a violência em todos os níveis nas escolas, e que fazer um diagnóstico é difícil, porque há medo de se fazer denúncias, devido às represálias, e que o Poder Público está à disposição para contribuir e trazer soluções para o problema. “Esse é o primeiro passo para encontrarmos soluções, a responsabilidade é de todos nós e juntos vamos fazer a diferença”, expõe. O promotor Dr. Marcos Alex Vera afirmou estar muito feliz com a maciça participação na audiência pública, que é o primeiro passo para apresentar soluções para o problema da indisciplina e violência nas escolas, e que ao longo do desenvolvimento do projeto, tem certeza de que serão expostos resultados positivos para toda sociedade. “O adolescente deve saber que tem direitos e deveres, é preciso quebrar o paradigma de que os jovens não serão responsabilizados por seus atos, e os pais devem participar deste problema e ajudar na solução, pois podem ser responsabilizados pela omissão”, destaca. Marcos Alex ainda informou que o projeto piloto será desenvolvido nas Escolas Irman Ribeiro (estadual) e Efantina de Quadros (municipal), quando será feito um diagnóstico dos problemas, abertos processos para os jovens infratores, que deverão cumprir medidas educativas na própria escola. “Este projeto não visa punir, mas sim educar. As famílias devem entender que o jovem que não tem limites em casa, provavelmente não respeitarão o convívio em sociedade. Tenho certeza de que juntos, vamos alcançar resultados positivos”, conclui.
Audiência Pública discute indisciplina nas escolas
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30/06/2010 às 09:12 • Atualizada em 18/11/2020 às 10:34