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Primeiro passo é saber onde buscar ajuda: Centro de Valorização da Vida, pelo telefone 188, CAPs, Bombeiros, SAMU e CRR são canais disponíveis.

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Divulgação

"Agir Salva Vidas". Com este slogan, o Setembro Amarelo – mês dedicado à valorização da vida e de prevenção ao suicídio - alerta que agir de maneira correta nas situações em que pessoas demonstrem interesse de tirar sua própria vida pode salvá-las.

Se você tiver contato com uma pessoa que pensa na possibilidade de suicídio, dê apoio: todos podem contribuir para ajudar um amigo, colega de trabalho, professor ou familiar.

Com frequência, a pessoa em sofrimento pede ajuda em momentos críticos, quando o suicídio parece ser a única saída. Para isso, é preciso perder o medo de se aproximar das pessoas e oferecer ajuda.

Se um amigo se aproximar e perguntar “tem algo que eu possa fazer para te ajudar ?” a pessoa pode sentir abertura para desabafar. Nessa hora, ter alguém para ouvi-la pode fazer toda a diferença. E qualquer um pode ser esse “ombro amigo”, que ouve sem fazer críticas ou dar conselhos.

Se você não sabe como ajudar, procurar ajuda é fundamental. Em Nova Andradina, os canais disponíveis para atendimento são: as ESFs - Unidade de Saúde da Família; CAPS - 3441-5176; Centro de Reabilitação Regional (CRR) - 3441-6866; SAMU – 192; BOMBEIROS – 193; Hospital Regional ou CVV – 188.

O CAPS Nova Andradina, de maneira especial, está realizando ações como: rodas de conversa e sala de espera. Nos grupos, atividades de decoração, divulgação nas mídias sociais, encaminhamento de material educativo às ESFs, Centro de Especialidades Médicas e às escolas.

Dados importantes

Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, 32 pessoas se suicidam por dia no Brasil, o que significa que o suicídio mata mais brasileiros do que vários tipos de câncer e AIDS. Contudo, 90% dos casos de suicídio pode ser prevenido!

Pesquisas afirmam que quando o tema é abordado de forma responsável ocorre a redução em até 99% dos casos comparados às notícias veiculadas de modo inadequado. Por isso, a necessidade de se falar sobre o tema não só em setembro, mas também no decorrer do ano. O tabu afasta o assunto de nossos pensamentos e conversas, precisamos falar a respeito.

Suicídio em Nova Andradina

Nos últimos três anos, foram registradas 78 tentativas de suicídio (2019), 64 em 2020 e até agosto de 2021, 26 casos de tentativas de suicídio.

A enfermeira e coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Juliana Fernandes Mendes, alerta que esses números podem ser subnotificados, pois segundo pesquisas, a cada 100 habitantes de uma comunidade urbana, 17 pensam em suicídio em algum momento da vida, 5 planejam e 3 realizam uma tentativa. Das três pessoas que realizam a tentativa, somente uma é atendida em pronto socorro (Botega, 2009).

Diante desses números expressivos, é preciso unir as forças para sensibilizar a população de que o suicídio é um fenômeno complexo, que possui vários aspectos e múltiplas determinações, pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero.

Na maior parte dos casos, há alguma doença antes, como depressão, ansiedade, alcoolismo ou dependência química. Geralmente, isso é a base e se torna um agravante. Há alguns sinais de risco, como verbalizar a intenção de tirar a própria vida ou histórico de tentativas. Além disso, há outros, como cartas de despedida e mudanças de humor.

Sinais de alerta / o que fazer/ não fazer?

Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo. Fique atento a suas emoções e ao comportamento do outro. Atitudes como a diminuição dos cuidados consigo mesmo; isolamento social; mudança repentina de humor; abuso no uso de drogas e automutilação são alguns desses sinais.

O que devemos fazer: ter empatia com os sentimentos do outro; levar a sério a situação; não julgar; e principalmente ouvir com cordialidade. O que não podemos fazer: ignorar a situação; falar que tudo vai ficar bem; desafiar a pessoa; jurar segredo e deixar a pessoa sozinha.