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Equipe do mutirão realizou a retirada de materiais dos imóveis e a aplicação do inseticida que combate o borrachudo nas residências dos bairros Centro Educacional, Cristo Rei e Argemiro Ortega

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Foto: João Cláudio 

Responsáveis por problemas especialmente nas regiões próximas ao Córrego do Baile, os simulídeos, popularmente conhecidos como o mosquito borrachudo, estão na mira do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Nova Andradina.

Nos dias 22 e 23 de agosto, a equipe do mutirão realizou a retirada de materiais dos imóveis e a aplicação do inseticida que combate o borrachudo nas residências dos bairros Centro Educacional, Cristo Rei e Argemiro Ortega. A ação deve ser estendida a outros bairros nas próximas semanas.

O produto biológico aplicado de forma mecânica tem a missão de destruir larvas e, com isso, impedir a procriação dos borrachudos. O inseto atrapalha a produção leiteira e também causa incômodo aos moradores, já que a picada coça e pode provocar reações alérgicas na pele.

Desde o primeiro relato de moradores da presença deste inseto, em junho do ano passado, o governo municipal realiza ações para monitorar a espécie nos córregos mais próximo da área urbana. 

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Foto: João Cláudio

Em outubro, amostras de larvas, pupas e do inseto adulto foram coletados e encaminhados ao Laboratório de Simulídeos e Onconcercose no Instituto Osvaldo Cruz (IOC/FIOCRUZ-RJ), que realizou as identificações das espécies.

A partir do mês de janeiro de 2019, conforme monitoramento dos agentes de endemias junto aos munícipes, os borrachudos onde não foram mais encontrados nas residências. Porém, no mês de julho passado, voltaram os relatos da presença do inseto.

De acordo com informações do biólogo, Jhoy Alves Leite, nova coleta foi realizada no rego de drenagem das águas que descem do bairro Horto Florestal e na erosão da Fazenda Baile no início deste mês de agosto, sendo novamente encaminhadas ao IOC/Fiocruz e solicitando novas orientações para o combate a espécie.

“A nebulização está sendo feita para combater a espécie em sua fase alada (adulta), mas o ideal é a população prevenir a proliferação dos insetos por meio de ações simples como a limpeza de seus quintais, fazer uso de repentes ou de roupas de manga longa para evitar a picada”, alerta o biólogo.

Mais sobre os borrachudos

Os borrachudos gostam de voar durante o dia, com sol quente, são nativos da Mata Atlântica e bem pequenos. Na nossa região não existe transmissão de doenças pelo borrachudo ao homem, é exclusivamente o incômodo da picada.

A picada tem uma justificativa. A fêmea se alimenta do sangue de mamíferos. Portanto, quem pica é a borrachuda. Coça porque quando o inseto pica, injeta uma substância que provoca uma reação alérgica na pele.

Ao contrário do mosquito da dengue, por exemplo, o borrachudo não gosta de água parada, e quanto mais sujeira tiver melhor. As larvas se alimentam de matéria orgânica por isso, lixo e dejetos de animais são o combustível para o criatório do borrachudo.

Uma forma de prevenir a presença do inseto é recuperar a mata das margens dos riachos, esta ação diminui a temperatura do ambiente e mantém os predadores naturais do inseto que vão elimina-los de forma natural. Também deve ser evitado o lixo nos rios, por que além de se fixarem em folhas e pedras as larvas também se fixam nos plásticos.

No homem, a prevenção é feita com o uso regular de repelentes e de roupas que cubram o corpo.