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Secretaria Municipal de Saúde preconiza medidas da OMS e Sociedade Brasileira de Infectologia, descarta tratamento precoce à Covid e colhe bons resultados.

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Diversos estudos científicos publicados em revistas especializadas e sites de notícias mostram que municípios que distribuíram oficialmente um kit com medicamentos para o “tratamento precoce” contra Covid registraram uma taxa de mortalidade pela doença mais alta do que a média nacional.

Este é o caso de Itajaí, em Santa Catarina, que apresenta taxa de mortalidade 58,3% mais alta do que a do estado. Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, a taxa de mortalidade pela doença causada pelo novo coronavírus é de 57,1% maior do que a do estado. A capital de Mato Grosso, Cuiabá, tem a terceira alta mais significativa, 50,7% mais elevada do que a do estado como um todo.

Em Nova Andradina, a Secretaria Municipal de Saúde segue as medidas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde e Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), descarta tratamento precoce à Covid e colhe bons resultados. 

Resultados alcançados

O índice de mortalidade da doença é 129% menor do que a apresentada em todo país e 135% menor do que em Mato Grosso do Sul. 

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Entre os municípios de MS, Nova Andradina tem o menor índice de mortalidade comparado a outros centros regionais urbanos como Naviraí, Corumbá, Ponta Porã e Três Lagoas. Até mesmo cidades menores, apresentam taxas de letalidade superiores as apresentadas Cidade Sorriso.

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Ineficácia do kit Covid

Conforme informações do secretário Sérgio Maximiano, vários estudos já apontaram a ineficácia dessas substâncias como a cloroquina, ivermectina e a hidroxicloroquina para prevenção e/ou tratamento da infecção causada pelo coronavírus. “Os médicos têm autonomia para fazer a indicação do tratamento ideal para cada paciente, mas o governo municipal não irá distribuir remédios que não tenham eficácia comprovada contra a doença”, informou.

Na análise do gestor de saúde, a adoção do "Kit covid" pode até aumentar a letalidade da doença, ao retardar a procura de atendimento pela população, absorver dinheiro público que poderia ir para a compra de medicamentos para intubação, e ao dominar a mensagem de combate à pandemia, enquanto protocolos nacionais de atendimento sequer foram adotados.

Outra preocupação é o efeito colateral desses medicamentos em pacientes que evoluem para a forma grave da covid e que já estão com o funcionamento de órgãos vitais comprometidos. "Esses remédios não ajudam, não impedem o quadro de intubação, e trazem efeitos colaterais, como hepatite, problema renal, mais infecções bacterianas, diarreia, gastrite’, relata.

Sérgio defende o uso de máscaras, a higienização pessoal e o distanciamento social como formas de reduzir a carga viral nas eventuais infecções.

“O município recebeu recursos específicos para o combate à doença, sendo que boa parte foi encaminhado ao Hospital Regional e a compra de equipamentos de proteção individual. O nosso foco têm sido a adoção de medidas como a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos e privados e a limitação do número de pessoas nos estabelecimentos comerciais, igrejas e bancos. Isso tem se mostrado eficaz”, comentou. E emenda: “a população é a nossa maior parceira. Se ela colabora, os índices de contágio tendem a diminuir ainda mais”, finaliza.