A Prefeitura de Nova Andradina conta com uma nova estratégia no auxílio aos pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps): a terapia por meio de oficinas de plantas medicinais. A atividade implantada no ano passado tem ajudado na socialização dos pacientes, além de promover o seu acolhimento e autonomia.

O projeto é desenvolvido por meio de parceria entre Secretaria Municipal de Saúde através do Centro de Atenção Psicossocial e Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), polo Nova Andradina.

Nos últimos dias, uma reunião com representantes das instituições parceiras - o coordenador do IFMS do curso de Agronomia, Mateus Augusto Donega e a acadêmica Angélica Andressa Azoia, do 9º semestre de Agronomia - selou o compromisso de dar continuidade ao projeto.

Segundo a assistente social Jozeli Chuli, o Ministério da Saúde caracteriza as oficinas como ferramentas terapêuticas importantes para os pacientes com transtornos mentais graves ou persistente, pois propiciam o trabalho em equipe, a socialização e a autonomia do paciente. Diante disso, o município optou por adotar esse método de oficinas para atender as demandas dos usuários do CAPS.

“O paciente psiquiátrico precisa de um cuidado especial. O primeiro passo é trazer ele para a oficina e mostrar que aquilo vai acrescentar algo na vida dele. A atividade estimula a capacidade de produção, a convivência e motiva a integração do grupo”, conta, informando que a próxima oficina ainda não tem data para ocorrer, devido ao momento de enfrentamento ao coronavírus.

Vale destacar que a Organização Mundial da Saúde considera as plantas medicinais como importantes instrumentos da assistência farmacêutica. Têm suas bases legais na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) e na Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, ambas aprovadas por meio de decretos em 2006.

CAPS Nova Andradina

O CAPS – Centro de Atenção Psicossocial é um dispositivo da rede de atenção à Saúde Mental, que mantem ações voltadas as pessoas que apresentam algum tipo de transtorno mental grave ou persistente. A proposta é promover a inserção social destas pessoas, impedindo que vivam um círculo vicioso de isolamento e internação em hospitais psiquiátricos.