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Ricardo Passos indica uso de repelente para evitar picadas do mosquito pólvora.

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João Cláudio 

A proliferação do mosquito pólvora, conhecido popularmente como “Porvinha”, em residências de Nova Andradina motivou a Secretaria Municipal de Saúde a solicitar uma pesquisa para esclarecer as causas da alta incidência do inseto em algumas regiões do município e definir estratégias de controle da espécie.

Nesta semana, o professor visitante da Universidade Federal da Grande Dourados, Ricardo Passos, esteve no Centro de Controle de Zoonoses à convite do governo do Estado e do município para iniciar in loco os estudos.

Pelos características descritas, os insetos são vorazes, tem uma picada ardida, transmitem enfermidades como a oncocercose e a mansonelose, comuns na região amazônica. As fêmeas são hematófilas e precisam do sangue para colocarem seus ovos.

O Centro de Controle de Zoonoses já esteve nos locais onde foi encontrado o mosquito, fez coleta das amostras de materiais e encaminhou à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a UFGD. A instituição do Rio de Janeiro já identificou as espécies.

Segundo o biólogo Passos, os porvinhas encontram condições ideais para se reproduzirem em água corrente, em períodos mais secos e ficam aderidos às plantas aquáticas ou em substrato de pedras. Por isso, neste período mais chuvoso é mais difícil encontrar esses mosquitos.

Em Nova Andradina, houve registros nos bairros Argemiro Ortega, Morada da Sol, Cristo Rei e Centro Educacional. Em menor quantidade, no Horto Florestal e Vila Beatriz. A explicação pode ser a proximidade com o Córrego do Baile (que contorna a parte norte da cidade) e Córrego Santa Barbara (próximo ao aterro sanitário).

“Não é comum ter ocorrência de porvinhas em ambientais urbanos. Então, queremos entender o que está acontecendo, se existe algum distúrbio ambiental que pode ter colaborado para o aumento dessa população e discutir quais as estratégias para monitorar os casos e, eventualmente, realizar atividades de controle ambiental como a retirada das plantas aquáticas que servem se substrato para a criação desses insetos e a limpeza dos locais”, explicou.

Com alternativa para evitar as picadas deste inseto e de outras espécies, o especialista indica às pessoas o uso de repelentes, com o princípio ativo das substâncias icaridina ou picaridinha, já que alguns repelentes naturais e industrializados não tem se mostrado tão eficientes. Além disso, evitar de deixar as casas fechadas e colocar telas nas janelas e portas.